FOI DADA A LARGADA
Faltando exatamente um ano para a eleição, Boulos lidera disputa pela Prefeitura de São Paulo
Deputado do PSOL tem a preferência de 29% do eleitorado paulistano contra 21% do atual prefeito, Ricardo Nunes, do MDB
A contagem regressiva já começou. Daqui a exatos 365 dias, um exército de mais de 9,3 milhões de eleitores deve comparecer às urnas para eleger (ou reeleger) o próximo prefeito da principal e mais populosa cidade do país: São Paulo.
Pesquisa Badra realizada no início dessa semana, mais precisamente entre os dias 2 e 4 de outubro, revela que o deputado federal Guilherme Boulos, do PSOL, lidera a corrida pela Prefeitura, com 29% das intenções de voto. Em segundo lugar aparece o atual chefe do Executivo, Ricardo Nunes, do MDB, com 21%.
A deputada federal Tabata Amaral, do PSB, surge na terceira posição, mas longe dos líderes, com 7% da preferência. Kim Kataguiri, do União Brasil, registra 5% e Vinícius Poit, do Novo, 3%. Ninguém, branco e nulo somam 34% e outros 11% dos entrevistados afirmam estar indecisos.
Em outubro de 2019, portanto um ano antes da eleição de 2020, o então prefeito Bruno Covas era apenas o quinto colocado nas pesquisas de opinião, registrando índice na casa dos 8%. Ele acabou reeleito, vencendo Boulos, no segundo turno, com 59,4% dos votos válidos.
Os votos de Bruno Covas – Entre outros, o levantamento realizado pela Badra perguntou aos paulistanos em quem eles votaram no segundo turno da eleição de 2020. Pouco mais de 36% declararam ter votado em Covas. Desses, 31,5% afirmam que votariam em Ricardo Nunes se a eleição fosse hoje, enquanto 30,7% dariam seu voto a Boulos.
Nesse mesmo viés, a pesquisa buscou identificar o sentido da migração de votos de Bolsonaro e Lula, que disputaram o segundo turno da eleição presidencial, em outubro do ano passado. Dos que declararam ter votado em Lula (51%), 39,8% declaram voto no parlamentar do PSOL e 20,1% no atual prefeito. São quase 20 pontos de diferença.
Já entre os eleitores de Jair Bolsonaro, 28% disseram ter votado no ex-presidente, 31% afirmam que votariam em Ricardo Nunes se a eleição fosse hoje, enquanto 24,7% direcionariam o seu voto a Guilherme Boulos.
Terminando o terceiro ano da atual gestão, nada menos do que 43% dos entrevistados não sabem dizer o nome do prefeito. A dúvida que fica é se, do ponto de vista eleitoral, essa é uma boa ou má notícia.
Segurança deve ser a prioridade – Para 33% dos ouvidos pela Badra, o combate à violência e a falta de segurança deve ser o problema prioritário a ser atacado pelo próximo prefeito da Capital. Na sequência, enchentes e alagamentos, com 19% citações; desemprego, com 18%; população de rua, com 15% e, fechando o rol de prioridades, transporte coletivo, com 12%. Exatos 3% do total de pesquisados não souberam opinar.
Entre os temas-propostas que fariam o eleitor mudar de voto, em favor de um outro candidato, a instalação de câmeras de segurança em toda a cidade foi o item mais citado, com 34%. Tarifa zero no transporte coletivo e programa municipal de renda mínima registraram, respectivamente, 28% e 26% das menções.
A pesquisa – O levantamento estatístico realizado pelo Instituto Badra ouviu 2.500 eleitores, nas quatro macrorregiões da Cidade (Norte, Sul, Leste e Centro-Oeste), respeitando a proporção para região de moradia, gênero, faixa etária, escolaridade e renda. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.
Além da intenção de voto espontânea, a pesquisa testou diferentes cenários estimulados, inclusive para disputa em segundo turno. Mediu, ainda, a rejeição de
cada um dos possíveis candidatos e a relação entre tempo de moradia e intenção de voto. A pesquisa completa pode ser acessada e baixada na página da Badra na internet: badracomunicacao.com.br.