INTENÇÃO DE VOTO

PRESIDENTE - GOVERNADOR 2º TURNO SÃO PAULO

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GOVERNO DE SÃO PAULO

Em empate técnico, Tarcísio tem 48% e Haddad 44%

Petista apresenta curva de crescimento na reta final, motivada pela melhora do desempenho, em São Paulo, da candidatura Lula. Projeção estatística, no entanto, aponta uma vitória de Tarcísio por pelo menos dois milhões de votos

Será um teste para cardíaco. Faltando apenas dois dias para a eleição, a disputa para o Governo do Estado de São Paulo, que parecia definida em favor de Tarcísio de Freitas, do Republicanos, está mais aberta do nunca.

No embalo da melhora do desempenho eleitoral de Lula em território paulista, a candidatura Fernando Haddad, do PT, registra curva ascendente das intenções de voto, provocando empate técnico com o candidato do Republicanos e deixando no ar uma real possibilidade de virada.

Pesquisa Badra divulgada nesta sexta-feira, dia 28, revela a liderança de Tarcísio de Freitas, com 48% da preferência. Fernando Haddad tem 44%. Eles estão tecnicamente empatados, no limite da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Apenas 3% dos ouvidos ainda estão indecisos e outros 5% declaram que votarão branco, nulo ou não votarão em ninguém.

De forma inovadora, o levantamento insistiu na pergunta junto a essa categoria de eleitores, questionando em quem estariam mais propensos a votar, caso tivessem que decidir, agora, entre um e outro candidato. Exatos 16% manifestaram tendência de voto em Haddad, 11% em Tarcísio e 73% afirmaram manter a posição atual. “Esse é mais um aspecto que consolida a tese de que a eleição em São Paulo está totalmente aberta. É verdade que o percentual de indecisos é muito pequeno, mas é justamente esse público que vai definir a eleição, já que o cenário é de empate técnico”, explica Maurício Juvenal, analista de dados da Badra.

O instituto buscou identificar, ainda, a migração dos votos dados a Rodrigo Garcia, do PSDB, no primeiro turno. O candidato do Republicanos é o principal beneficiado, com 47% dos votos do tucano migrando para ele. Fernando Haddad fica com uma parcela de 38% desses votos, enquanto 8% ainda se mostram indecisos e outros 7% vão votar branco, nulo ou ninguém.

Segundo Juvenal, está justamente aí o equilíbrio do jogo. “Se por um lado Haddad pode ser beneficiado, no momento do voto, da escolha dos que hoje estão indecisos, Tarcísio tem a preferência entre os que votaram em Rodrigo Garcia, desenhando um cenário onde a vantagem obtida no primeiro turno, por Tarcísio de Freitas, representa a gordura suficiente para que ele saia vitorioso da eleição”, argumenta.

Em um ensaio estatístico de projeção de votos realizado pelos técnicos do instituto, com base com base no total de votos do primeiro turno e aplicando o percentual encontrado no atual levantamento, é possível que Tarcísio alcance a marca de 12,1 milhões de votos, contra 9,8 milhões de Fernando Haddad.

A pesquisa Badra ouviu 2.657 eleitores entre os dias 24 e 27 de outubro, em 59 municípios do Estado de São Paulo. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. O registro na Justiça Eleitoral tem os números BR 08831/2022 e SP 06125/2022.

Lula recupera terreno em São Paulo e equilibra disputa com Bolsonaro no Estado

A candidatura do ex-presidente Lula (PT), em São Paulo, apresenta sinais de melhora, comparando os números da pesquisa Badra com o resultado do primeiro turno, realizado em 2 de outubro. Na oportunidade, Jair Bolsonaro (PL), fechou a eleição com 48% dos votos, contra 41% do petista.

A pesquisa Badra divulgada hoje mostra o crescimento do ex-presidente na preferência do eleitorado paulista, com 46% das intenções de voto. Bolsonaro tem 48%, ou seja, se manteve no patamar registrado no primeiro turno. Os demais estão em empate técnico no maior colégio eleitoral do País, com mais de 34,5 milhões de eleitores. Indecisos, votos brancos, nulos e ninguém somam 6% das intenções.

O levantamento buscou identificar, ainda, a migração dos votos dados, no primeiro turno, a Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT). Entre os que votaram na senadora, 51% afirmam que vão votar em Lula, no próximo domingo, e 30% em Jair Bolsonaro. Outros 10% estão indecisos e 9% não vão votar em nenhum dos dois.

No caso de Ciro Gomes, o cenário é inverso, com seus votos migrando preferencialmente para Jair Bolsonaro, 48%. Outros 32% afirmam que votarão em Lula, no segundo turno. Exatos 14% não votarão em ninguém e 6% declaram ainda estar indecisos.

Projeção de votos, com base no resultado do primeiro turno e nos números desse levantamento, apontam que Bolsonaro deve receber, em São Paulo, cerca de 13 milhões de votos, contra 11,4 milhões do petista.




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